terça-feira, 2 de dezembro de 2025

 Por mais terrível que se te apresente a situação, segue adiante, sem desfalecimento.

O desânimo é inimigo sutil que inutiliza os mais belos empreendimentos da vida.

Se os amigos te abandonaram ante os insucessos econômicos ou afetivos que te chegaram; se os parentes e os afetos resolveram afastar-se por motivos que desconheces; se tudo te empurra ao limite estreito da solidão, recompõe-te intimamente e espera.

É provável que te sintas a sós, e que, aparentemente, estejas sem companhia. Isto, porém, não é uma realidade espiritual, mas o reflexo do momentâneo estado de alma que te assalta.

Nunca estás sozinho. Fazendo parte integrante da Criação, ela está em ti, quanto nela te encontras.

No lugar onde estejas, Deus está contigo: no lar, no trabalho, no espairecimento, no repouso, na doença, na saúde, n’Ele haurindo consolo e forças para prosseguires nos misteres a que te vinculas.

Somente te sentirás a sós, se deixares de preservar o vínculo consciente com o Seu amor. Mesmo assim, Ele permanecerá contigo.

Estás unido a toda Humanidade. Vão-se umas pessoas, outras chegam. Não te amargures com as que partem. Não te entusiasmes com as que chegam.

As criaturas passam como veículos vivos: têm um destino e não as podes deter.

Compreendendo esse impositivo, faze-te o amigo e irmão de quem encontres no caminho, não o retendo ao teu lado, nem te fixando no dele. Ajuda-o e segue.

Só Deus, porém, é sempre o constante companheiro. Por isso, nunca te permitas sentir solidão. 

Espírito: Joanna de Angelis.
Médium: DIVALDO PEREIRA FRANCO
LIVRO: Filho de Deus
Áudio


sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Pomadas espirituais: placebo, fé ou cuidado integral?

De tempos em tempos, quem frequenta centros espíritas se depara com uma discussão delicada: as pomadas espirituais – como as de Vovô Pedro, Bezerra de Menezes e tantas outras – são só placebo?

Para quem não é espírita, é natural olhar com desconfiança para qualquer produto que traga o rótulo de “espiritual”.
Para quem é espírita, porém, essas pomadas fazem parte de uma vivência de fé, prece e cuidado.
Como conversar sobre isso sem brigar com a ciência, nem desrespeitar a crença de ninguém?


O que a ciência chama de placebo

Antes de tudo, é importante entender o que é placebo.
Na medicina, esse termo designa um recurso sem princípio ativo específico, mas que ainda assim pode produzir melhora em alguns pacientes.

Não se trata de “bobagem” ou “coisa de gente fraca”, e sim de um fenômeno sério, estudado em pesquisas científicas:

  • o cérebro recebe a mensagem de que está sendo cuidado;
  • emoções como confiança, esperança e acolhimento se ativam;
  • o corpo responde com mudanças reais, seja na dor, no humor ou em outros sintomas.

Ou seja: o placebo revela que corpo, mente e emoções estão profundamente ligados.


Onde entram as pomadas espirituais nessa história?

Do ponto de vista de quem olha apenas pela lente material, é fácil dizer:
“Se tem melhora sem princípio ativo conhecido, isso é placebo.”

Já para quem vive a experiência espírita, a lógica é outra:

  • a pomada é preparada dentro de um clima de prece;
  • há toda uma proposta de fluidificação e auxílio espiritual;
  • o uso é acompanhado de confiança em Deus, em Jesus e na equipe espiritual que ampara aquele trabalho.

Então, o que pode parecer “apenas” um produto simples, para o espírita é um símbolo concreto de cuidado espiritual – algo que toca o corpo, mas também o coração.


Placebo ou ponte para o espiritual?

Quando alguém pergunta se essas pomadas são placebo, talvez a melhor resposta não seja um “não” apressado, mas um olhar mais profundo:

  • Se entendermos “placebo” como essa força da mente, da esperança e da confiança…
  • E se aceitarmos que fé e emoção influenciam, de fato, o organismo…

Então podemos dizer que o terreno onde o placebo atua é justamente aquele onde a espiritualidade também encontra espaço para agir.

Para o materialista convicto, isso será “apenas efeito psicológico”.
Para o espírita, é efeito psicológico + ação espiritual, caminhando juntos.


Testemunho, e não prova de laboratório

Aqui mora um ponto honesto que precisa ser reconhecido:
não há exame de laboratório que comprove a existência de fluido espiritual numa pomada.

O que há são:

  • relatos de melhora;
  • experiências pessoais;
  • histórias de famílias que se sentiram amparadas, aliviadas, consoladas.

Do ponto de vista da fé, isso tem valor.
Do ponto de vista científico, isso é testemunho subjetivo, não prova.

Assumir essa diferença com sinceridade é melhor do que tentar forçar uma “cientificidade” que o recurso espiritual não tem – e nem precisa ter.


Fé não substitui médico

Outro cuidado essencial é evitar uma confusão perigosa:
pomadas espirituais não substituem tratamento médico.

É perfeitamente possível – e desejável – que alguém:

  • siga todas as orientações do médico;
  • use os remédios prescritos;
  • faça exames, fisioterapia, procedimentos necessários;
  • e, ao mesmo tempo, recorra à pomada espiritual como complemento, não como única solução.

Fé responsável não manda rasgar receita nem abandonar consulta.
Ela soma: ciência cuidando do corpo, espiritualidade consolando a alma.


Como conversar com quem não é espírita?

Talvez a chave não seja “convencer”, e sim dialogar com respeito.
Em vez de discutir quem está certo, dá para dizer algo assim, em termos simples:

  • Eu sei que, pra você, pode parecer só placebo.
  • Para mim, é uma forma de Deus e da espiritualidade me alcançarem também através desse cuidado.
  • Não tenho como te dar prova de laboratório; tenho minhas experiências.
  • Não peço que você acredite, só que respeite – e eu também respeito o seu olhar.

Esse tipo de postura:

  • não agride a razão do outro;
  • não se envergonha da própria fé;
  • convida ao diálogo, não à disputa.

Quando a cura não vem, o cuidado ainda pode vir

Outro ponto profundo é admitir que nem sempre a cura física acontece, com ou sem pomada, com ou sem tratamento.
Mas isso não significa que nada tenha mudado.

Muitas vezes:

  • a dor diminui;
  • o medo se apazigua;
  • a pessoa se sente abraçada por Deus, mais forte para enfrentar o que vier.

Em linguagem espírita, poderíamos dizer que nem sempre a matéria melhora como queremos, mas o espírito sempre pode ser auxiliado.
E, no caminho da fé, isso também é forma de cura.


Conclusão: entre o frasco e o invisível

As pomadas espirituais são um ponto de encontro entre dois mundos:

  • o mundo visível: o frasco, o toque, o cheiro, o ato de passar a pomada;
  • o mundo invisível: a oração, a confiança, a vibração, a presença amorosa de Deus e dos benfeitores.

Para alguns, isso será “só placebo”.
Para outros, será placebo + fé + cuidado espiritual.

No fim, mais importante do que ganhar uma discussão é viver o que se crê com responsabilidade, amor e respeito, entendendo que a verdadeira cura começa sempre na forma como olhamos para o outro – com julgamento ou com acolhimento.

E é justamente aí que a espiritualidade, silenciosa, continua trabalhando. 🕊️

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Fractais e Fluido Cósmico Universal: o Universo como um LEGO infinito

Existe alguma relação entre fractais — aqueles desenhos matemáticos cheios de repetições — e o fluido cósmico universal, que o Espiritismo apresenta como a matéria-prima de toda a criação?

A resposta é: sim, como analogia, e é mais simples de entender do que parece.

Imagine que o Universo inteiro é como uma imensa construção de LEGO, mas com peças invisíveis e infinitamente pequenas. A partir dessa imagem, conseguimos ligar matemática, natureza e espiritualidade de uma maneira surpreendentemente harmoniosa.


1. Antes de tudo: o que são fractais?

Fractais são estruturas formadas por padrões que se repetem em vários tamanhos.
Se você der zoom, o desenho aparece de novo, e de novo, e de novo.

Na natureza, vemos fractais em:

  • galhos das árvores
  • nuvens
  • linhas das montanhas
  • rios e seus afluentes
  • flocos de neve
  • até nos vasos sanguíneos humanos

E a ideia central é esta:

De regras simples, repetidas muitas vezes, surgem formas extremamente complexas.


2. E o que é o fluido cósmico universal?

Para o Espiritismo, especialmente em A Gênese e no Livro dos Espíritos, o fluido cósmico universal é:

A matéria-prima fundamental do Universo, criada por Deus.

Tudo — absolutamente tudo — nasce de transformações sucessivas desse fluido:

  • a matéria física
  • os fluidos espirituais
  • as forças e interações da natureza
  • os corpos dos seres vivos

Ele é como o “LEGO primordial” de que Deus dispõe para montar o Universo.


3. O LEGO: a ponte entre os dois mundos

Agora vem a analogia que une tudo:

Se o Universo fosse feito de LEGO…

  • Deus colocaria uma regra simples para a montagem das peças (como os fractais têm regras matemáticas simples).
  • Essas regras se repetiriam em muitos níveis diferentes, criando estruturas gigantescas (galáxias), estruturas médias (planetas), estruturas pequenas (células) e nanoestruturas (átomos).

É exatamente isso que os fractais fazem:
criam o enorme usando repetições do pequeno.

E o fluido cósmico seria o quê?

Seriam as peças de LEGO, mas num nível extremamente sutil — não feito de plástico, mas de energia primordial.


4. A lógica da criação: regras simples, beleza infinita

Quando pensamos no Universo como um LEGO regido por leis divinas, fica claro:

  • Fractais → regras simples gerando formas belíssimas.
  • Fluido cósmico → matéria-prima sutil organizada por leis divinas.

Os dois conceitos se encontram nesse ponto:

O simples, repetido com sabedoria e ordem, gera o complexo, o belo e o harmonioso.

Assim como:

  • uma montanha vista do alto lembra sua versão vista de perto,
  • uma árvore vista inteira lembra o desenho de cada ramo,
  • um átomo lembra o sistema solar na sua estrutura mais básica,

…no LEGO universal, cada “peça” carrega uma lógica que se repete em várias escalas.


5. Deus como o grande construtor

Se a natureza funciona com padrões fractais, e se tudo é estruturado a partir do fluido cósmico universal, então:

Deus seria o grande arquiteto, criando o todo a partir do mínimo, usando leis simples, perfeitas, constantes e harmoniosas.

Nada é aleatório.
Nada é desorganizado.
Tudo segue padrões de ordem, repetição e evolução.


6. O papel dos Espíritos: os “mestres construtores”

Kardec explica que os Espíritos superiores também atuam sobre o fluido cósmico universal, moldando, organizando, harmonizando.

No nosso LEGO-místico, eles seriam:

  • os construtores auxiliares,
  • os engenheiros espirituais,
  • os organizadores das formas e dos fenômenos.

A construção é divina, mas há cooperação inteligente em todos os níveis da existência.


7. Por que isso importa?

Essa analogia nos ajuda a olhar o Universo com novos olhos.

Mostra que a criação é inteligente.

Fractais revelam ordem matemática profunda.
O fluido cósmico revela ordem espiritual profunda.

Mostra que há unidade.

Do átomo à galáxia, tudo segue padrões.
O micro e o macro se espelham — como nas peças que se encaixam repetidamente.

Mostra que Deus não precisa de truques complicados.

Leis simples, combinadas com sabedoria infinita, constroem tudo.


8. Conclusão: um LEGO chamado Universo

Não estamos dizendo que o fluido cósmico é um fractal.
Mas que a maneira como o Universo se organiza — em padrões repetidos, harmoniosos, inteligentes — lembra muito a lógica dos fractais.

É uma ponte bonita que une:

  • ciência,
  • matemática,
  • filosofia,
  • espiritualidade.

E, principalmente, abre a mente de quem observa a criação com curiosidade e encanto.

Se o Universo é um grande LEGO, o fluido cósmico é a peça-base, e os fractais são o manual de instruções da beleza divina.

Referências bibliográficas:

Fluido Cósmico Universal (Espiritismo)


1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

Obra básica da Doutrina Espírita, especialmente as questões sobre a criação, os elementos gerais do universo e o fluido cósmico universal (ver, sobretudo, as questões em torno da matéria e dos fluídos, na primeira parte).


2. KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo.

Aprofunda o conceito de fluido cósmico universal, sua relação com a matéria e os fenômenos da natureza, trazendo uma visão filosófico-científica da criação e da ação divina sobre o universo.


3. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.

Embora o foco seja a mediunidade, há referências importantes ao papel dos fluidos espirituais e à ação dos Espíritos sobre o fluido cósmico, ajudando a entender a “moldagem” fluídica da realidade.



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📘 Referências sobre Fractais e Padrões na Natureza


4. MANDELBROT, Benoit. The Fractal Geometry of Nature.

Obra clássica em que o matemático Benoit Mandelbrot apresenta o conceito de fractais e mostra como estruturas complexas da natureza podem ser descritas por regras simples que se repetem em diferentes escalas.


5. FALCÃO, J. T.; LOPES, A. A. (orgs.). Fractais: uma nova geometria na sala de aula.

Livros e textos didáticos (há vários autores brasileiros) que explicam, em linguagem acessível, o que são fractais, como surgem a partir de equações simples e como aparecem em galhos de árvores, costas de continentes, nuvens, vasos sanguíneos etc.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

✨ Quando a Justiça é Injusta: As Violações da Lei Mosaica na Prisão e Execução de Jesus

A paixão de Jesus é, antes de tudo, uma narrativa espiritual. Mas também é um acontecimento histórico que revela como o amor divino se manifestou em meio à injustiça humana. Quando revisitamos os episódios que antecederam a crucificação, percebemos que a prisão e o julgamento de Jesus ocorreram em um cenário carregado de irregularidades, violações legais e distorções éticas — especialmente quando confrontados com a própria Lei Mosaica e com as normas do Sinédrio, o conselho religioso judaico da época.

Este artigo não se propõe a discutir a fé, mas a compreender o contexto jurídico e moral que envolveu os últimos passos de Cristo. E, a partir disso, refletir sobre o que Ele nos ensina quando enfrenta a injustiça com mansidão, coragem e fidelidade ao Pai.


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🌙 1. A prisão que não podia acontecer

A Lei judaica era clara: prisões não podiam ser realizadas à noite, a menos que se tratassem de crimes flagrantes — o que não era o caso de Jesus. Ainda assim, Ele foi capturado de madrugada, no silêncio do Getsêmani. Havia pressa em calá-lo, medo de sua influência e temor do povo que O seguia.

A captura às escondidas não é apenas um detalhe: ela simboliza o gesto de ocultar a verdade, de fugir da luz — justamente aquilo que Jesus sempre trouxe consigo.


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🏛️ 2. Um julgamento irregular em todos os sentidos

Jesus não recebeu um julgamento; Ele foi alvo de um ritual de condenação previamente decidido.

O Sinédrio, segundo a tradição, não podia se reunir à noite, não podia julgar na véspera da Páscoa, não podia condenar alguém no mesmo dia do julgamento, e não podia se reunir fora do Salão das Pedras Lavradas, o local oficial.

Nada disso foi respeitado.

A reunião aconteceu na casa do sumo sacerdote, durante a madrugada, às pressas, com testemunhas contraditórias e com a clara intenção de produzir uma sentença, não de buscar a verdade. É a demonstração máxima de um julgamento feito não pela Lei, mas pelo medo.


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🧾 3. Testemunhas falsas e autoincriminação forçada

A Lei Mosaica exigia duas testemunhas concordantes para que alguém fosse condenado à morte. As testemunhas vieram — mas suas versões não batiam. O Sinédrio, que deveria encerrar o caso diante da inconsistência, prosseguiu.

Pressionado, Jesus permaneceu em silêncio.
O sumo sacerdote, então, fez aquilo que a Lei proibia: forçou o acusado a falar contra si mesmo, exigindo que Ele declarasse se era o Cristo, o Filho de Deus.

Jesus respondeu com a verdade.

E foi essa verdade que usaram como “prova” para condená-lo.


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🕊️ 4. Entrega aos romanos: religião usada como política

A condenação final não veio da Lei judaica, mas do poder romano, que sequer aplicava crucificação para delitos religiosos. O Sinédrio precisava de uma acusação política para convencer Pilatos, e assim Jesus foi apresentado como alguém que ameaçava César — uma distorção completa do que Ele pregava.

A união entre religião e poder, usada para destruir um inocente, revela como corações endurecidos podem manipular leis para fins que nada têm a ver com justiça.


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✝️ 5. A injustiça que se transforma em redenção

Toda essa sequência de violações — prisão noturna, julgamento ilegal, testemunhas falsas, pressão para autoincriminação, sentença acelerada — aponta para uma realidade: Jesus foi condenado não pela Lei, mas pela inveja e pelo medo.

E, ainda assim, Ele segue até o fim com serenidade, misericórdia e entrega.
A injustiça humana não anulou a missão divina.
Pelo contrário: tornou mais clara a profundidade do amor que Ele carregava.

Ao enfrentar um tribunal marcado por ilegalidades, Jesus nos ensina que a dignidade de um espírito não depende das circunstâncias externas, mas da verdade que ele abriga.


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🌿 Reflexão Final

A paixão de Jesus não é apenas um relato de sofrimento, mas um convite à consciência.
Cada detalhe aponta para a força da verdade diante da pressão, para a mansidão diante do ódio e para a fidelidade diante da traição.

E também nos lembra de algo essencial:

A justiça humana pode falhar — e falha muitas vezes —, mas o amor que sustenta o Cristo nunca falha.
É nesse amor que somos chamados a caminhar.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

domingo, 9 de novembro de 2025

🌺 Maria Modesto Cravo: A dama da caridade de Uberaba

🌸 Uma vida dedicada ao amor em ação

Maria Modesto Cravo nasceu em 16 de abril de 1899, em Uberaba, Minas Gerais, e desde cedo demonstrou sensibilidade e compaixão. Filha de família simples e de fé, enfrentou a perda da mãe ainda adolescente, fato que aprofundou sua percepção sobre a dor humana e despertou nela o desejo de servir.

Casou-se aos 16 anos com Nestor Cravo e foi mãe dedicada de sete filhos, dos quais três desencarnaram ainda na infância — experiência que a aproximou ainda mais da espiritualidade. A dor, em vez de torná-la amarga, fez florescer nela a força que marcaria toda sua trajetória: a do amor que se transforma em serviço.


💗 A missão de amparar os sofredores

Em uma época em que pouco se falava de saúde mental, Maria Modesto Cravo fundou, em 1933, um sanatório em Uberaba destinado ao atendimento de pessoas com transtornos mentais e sofrimento espiritual. A iniciativa unia cuidados médicos e acolhimento fraterno, antecipando ideias que décadas depois seriam reconhecidas como essenciais à dignidade humana.

Mais tarde, em 1º de maio de 1949, criou o Lar Espírita Maria Modesto Cravo, abrigo para crianças, jovens e mães solteiras, oferecendo não apenas moradia e alimento, mas também evangelização, formação moral e profissional. O lar tornou-se referência em Minas Gerais, irradiando esperança e fé.


🌿 Um exemplo que atravessa o tempo

Desencarnada em 8 de agosto de 1964, Maria Modesto Cravo deixou um legado que ultrapassa as fronteiras do tempo. Diversas instituições e escolas levam seu nome, perpetuando sua presença por meio das sementes que plantou na terra fértil do bem.

Em Uberaba, sua memória é reverenciada com carinho — a mesma cidade que, anos depois, seria também o berço do trabalho de Chico Xavier, outro expoente da caridade cristã. Ambos transformaram a dor em instrumento de luz e compaixão.


🌻 Reflexão final

A vida de Maria Modesto Cravo é um convite à prática da caridade ativa, que não se limita a palavras ou intenções, mas se traduz em gestos concretos de auxílio.
Seu exemplo nos recorda que amar é servir, e que o verdadeiro espiritismo vive e respira na simplicidade do coração que acolhe, escuta e estende as mãos.

“A caridade é o amor em movimento.” — Maria Modesto Cravo


📚 Fontes consultadas


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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

CALMA

Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.

Se a razão é a enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades apareceram, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema a serenidade é o teto da alma, pedindo serviço por solução.

Espírito: André Luiz.
Médium: Francisco Cândido Xavier.