quinta-feira, 4 de setembro de 2025

A esperança de Jó e a visão espírita da mutação da alma

“Tendo morrido uma vez, poderia o homem reviver de novo?
Nesta guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que se dê a minha mutação.”

(Jó 14:10–14 — citação utilizada por Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 10)

Introdução

O livro de Jó é um dos mais antigos e profundos do Antigo Testamento. Nele, encontramos reflexões sobre a dor, a fé e o sentido da existência. Quando Allan Kardec cita Jó em O Evangelho segundo o Espiritismo, ele destaca um ponto essencial: a esperança na continuidade da vida além da morte e a expectativa de uma transformação — que a Doutrina Espírita explica como a reencarnação.


O clamor de Jó

Jó atravessava intensos sofrimentos. Ao falar em “guerra”, ele se refere às lutas cotidianas da vida terrena, às provações que parecem intermináveis. Mesmo assim, sua pergunta ressoa com força: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?”
Essa indagação revela não apenas dor, mas também a intuição de que a morte não é o fim.


A palavra “mutação”

O termo utilizado — mutação — significa transformação, mudança de estado. Kardec, ao analisar esse trecho, interpreta-o como uma clara referência à ideia de renascimento. Para o Espiritismo, essa mutação se dá pela reencarnação, em que o espírito, após a morte física, retoma sua jornada em novo corpo, com novas provas e possibilidades de progresso.


A luta de cada dia

Jó declara: “Todos os dias da minha luta esperaria...”. A vida terrena é apresentada como uma batalha, não no sentido bélico, mas como um campo de provas e aprendizado. A cada dificuldade superada, há crescimento moral. Essa espera paciente, sustentada pela fé, prepara o espírito para algo maior do que as dores passageiras do mundo.


A esperança espírita

O Espiritismo amplia o consolo dessa passagem ao afirmar que:

  • A vida continua após a morte;

  • A reencarnação é lei de justiça e misericórdia;

  • As provas têm um fim educativo, não punitivo;

  • Cada existência é um degrau rumo à perfeição espiritual.

Assim, a “mutação” esperada por Jó se torna a certeza de um ciclo contínuo de evolução, em que a vida física é apenas uma etapa.


Conclusão

A citação de Jó, resgatada por Kardec, mostra que desde tempos remotos o ser humano já pressentia a continuidade da vida. O sofrimento não é definitivo; ele prepara para a renovação.
Na visão espírita, esse processo é explicado pela reencarnação: a grande oportunidade de recomeçar, aprender e se aproximar cada vez mais da plenitude espiritual.

Que possamos, como Jó, manter a esperança em meio às nossas lutas, confiantes de que a mutação virá, trazendo novos horizontes de luz e progresso.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

02.09.2025 | EVANGELHO NO LAR VIRTUAL - O Evangelho Segundo o Espiritism...

Agradecer

 “E sede agradecidos.” – Paulo. (Colossenses,3:15)

É curioso verificar que a multidão dos aprendizes está sempre interessada em receber graças; entretanto, é raro encontrar alguém com a disposição de ministrá-las.

Os recursos espirituais, todavia, em sua movimentação comum, deveriam obedecer ao mesmo sistema aplicado às providências de ordem material.

No capítulo de bênçãos da alma, não se deve receber e gastar, insensatamente, mas recorrer ao critério da prudência e da retidão, para que as possibilidades não sejam absorvidas pela desordem e pela injustiça.

É por isso que, em suas instruções aos cristãos de Colossos, recomenda o apóstolo que sejamos agradecidos. 

Entre os discípulos sinceros, não se justifica o velho hábito de manifestar reconhecimento em frases bombásticas e laudatórias.

Na comunidade dos trabalhadores fiéis a Jesus, agradecer significa aplicar proveitosamente as dádivas recebidas, tanto ao próximo, quanto a si mesmo. 

Para os pais amorosos, o melhor agradecimento dos filhos consiste na elevada compreensão do trabalho e da vida, de que oferecem testemunho. 

Manifestando gratidão ao Cristo, os apóstolos lhe foram leais até ao último sacrifício; Paulo de Tarso recebe o apelo do Mestre e, em sinal de alegria e de amor, serve à Causa Divina, através de sofrimentos inomináveis, por mais de trinta anos sucessivos.

Agradecer não será tão-somente problema de palavras brilhantes; é sentir a grandeza dos gestos, a luz dos benefícios, a generosidade da confiança e corresponder, espontaneamente, estendendo aos outros os tesouros da vida.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.
Áudio



terça-feira, 2 de setembro de 2025

Manifestações espirituais

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (I Cor: 12, 7) 


Com a revivescência do Cristianismo puro, nos agrupamentos do Espiritismo com Jesus, verifica-se idêntica preocupação às que torturavam os aprendizes dos tempos apostólicos, no que se refere à mediunidade.

A maioria dos trabalhadores na evangelização inquieta-se pelo desenvolvimento imediato de faculdades incipientes.

Em determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às possibilidades de que dispõem; em outros, sonha-se com fenômenos de grande alcance.

O problema, no entanto, não se resume a aquisições de exterior.

Enriqueça o homem a própria iluminação íntima, intensifique o poder espiritual, através do conhecimento e do amor, e entrará na posse de tesouros eternos, de modo natural.

Muitos aprendizes desejariam ser grandes videntes ou admiráveis reveladores, embalados na perspectiva de superioridade, mas não se abalançam nem mesmo a meditar no suor da conquista sublime.

Inclinam-se aos proventos, mas não cogitam do esforço.

Nesse sentido, é interessante recordar que Simão Pedro, cujo espírito 

se sentia tão bem com o Mestre glorioso no Tabor, não suportou as angústias do Amigo flagelado no Calvário.

É justo que os discípulos pretendam o engrandecimento espiritual, todavia, quem possua faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo seja detentor de qualidades mais expressivas.

Trabalhe cada um com o material que lhe foi confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utilidade geral.

Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.

Áudio

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes: o Médico dos Pobres e Apóstolo do Espiritismo

 

O nome de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti permanece vivo no coração dos brasileiros não apenas como um médico dedicado e generoso, mas também como uma das figuras mais importantes na consolidação do Espiritismo em nosso país. Conhecido como o “Médico dos Pobres” e apelidado de “Kardec Brasileiro”, sua trajetória de vida revela a união entre ciência, fé e amor ao próximo.

Primeiros passos e formação

Nascido em 29 de agosto de 1831, na então Freguesia de Riacho do Sangue, no Ceará, Bezerra de Menezes demonstrou desde cedo vocação para o estudo e a solidariedade. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1851, ingressando na Faculdade de Medicina. Para custear seus estudos, lecionava filosofia e matemática, até concluir o curso em 1856 com a tese “Diagnóstico do Cancro”. Pouco tempo depois, foi nomeado cirurgião-tenente do Corpo de Saúde do Exército, cargo que exerceu com dedicação.

O Médico dos Pobres

Sua prática médica, no entanto, se tornou muito maior do que títulos ou cargos oficiais. Bezerra jamais negava atendimento a quem o procurava, mesmo que fosse durante uma refeição ou em meio ao descanso. Muitos relatos apontam que, além de oferecer consultas gratuitas, frequentemente comprava remédios com seus próprios recursos para entregar a famílias necessitadas. Essa entrega absoluta à causa humanitária lhe rendeu o título de “Médico dos Pobres”, transformando seu consultório em refúgio de esperança para os desvalidos da sociedade carioca do século XIX.

Atuação política e social

Bezerra de Menezes também teve forte atuação na política. Como vereador e deputado, defendeu temas relevantes para a época, como a abolição da escravatura, a educação dos libertos, a melhoria da saúde pública e medidas de assistência em períodos de seca no Nordeste. Sua atuação, tanto nos cargos públicos quanto como escritor, sempre refletiu uma preocupação sincera com os mais frágeis e esquecidos pela sociedade.

Obras literárias

No campo literário, deixou uma produção significativa. Publicou romances de fundo moral e espiritual, como “A Casa Assombrada” (1865) e “História de um Sonho” (1868), que já refletiam sua intuição para os temas ligados à espiritualidade. Também escreveu ensaios de impacto social, como “A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem danos para a Nação” (1869), em que se posicionava contra a escravidão, e artigos sobre os efeitos das secas no Nordeste. Mais tarde, sob o pseudônimo “Max”, publicou no jornal O Paiz uma série de textos doutrinários que difundiram os fundamentos do Espiritismo de forma clara e acessível ao público. Em todas essas obras, unia raciocínio lúcido e profundo senso moral, demonstrando sua preocupação com os destinos da humanidade.

Ética médica e espiritual

A visão de Bezerra sobre a medicina estava profundamente entrelaçada à sua fé. Para ele, o médico não era um comerciante da saúde, mas um verdadeiro servidor da vida. Sua famosa declaração — “O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição quando alguém lhe chora à porta” — traduz sua convicção de que cuidar do próximo é missão sagrada. Quando conheceu o Espiritismo, em meados da década de 1880, encontrou nele o alicerce espiritual que unia sua prática profissional à vivência cristã. Tornou-se defensor ardoroso da caridade como exercício da fé e da ciência em ação.

Líder espírita

Em 1889, assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB). Na instituição, trabalhou pela unificação do movimento, implantou estudos sistemáticos das obras de Allan Kardec e fundou serviços de assistência aos necessitados. Foi reeleito em 1895, permanecendo no cargo até o fim da vida. Sua liderança ajudou a consolidar o Espiritismo como religião organizada no Brasil, inspirando gerações de médiuns, dirigentes e trabalhadores da causa.

O legado de um apóstolo

Bezerra de Menezes faleceu em 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro, deixando um legado de fé, caridade e amor ao próximo. Sua vida inteira foi marcada pela coerência entre o que pregava e o que fazia, motivo pelo qual é lembrado como o “Apóstolo da Caridade”. Hoje, seu exemplo segue inspirando não apenas os espíritas, mas todos aqueles que acreditam na força transformadora da solidariedade.


O Dr. Adolfo Bezerra de Menezes continua sendo um farol moral e espiritual. Sua biografia mostra que a verdadeira grandeza não está no poder ou na riqueza, mas na capacidade de servir. Como médico, escritor, político e espírita, deixou à humanidade uma herança preciosa: o testemunho de que ciência e fé, quando guiadas pelo amor, podem caminhar juntas para transformar o mundo.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

🌿 Santo Agostinho – Um Coração Inquieto em Busca de Deus

No dia 28 de agosto, a Igreja celebra a memória de Santo Agostinho de Hipona (354–430 d.C.), uma das figuras mais influentes da história do pensamento cristão. Sua trajetória é marcada por intensas buscas filosóficas, profundas transformações espirituais e um legado teológico que atravessa os séculos. Mais do que um nome nos altares, Santo Agostinho foi um homem inquieto, sincero e sedento de Verdade — características que o tornam tão próximo de quem também busca Deus com sinceridade de alma.

🧠 Santo Agostinho como Filósofo

Agostinho foi um dos maiores pensadores da Antiguidade Tardia. Antes de sua conversão ao cristianismo, ele mergulhou em diversas correntes filosóficas, como o maniqueísmo e o neoplatonismo. Com uma mente brilhante e questionadora, escreveu obras que marcaram a história da filosofia ocidental, como Confissões e A Cidade de Deus. Foi ele quem formulou reflexões profundas sobre o tempo, a liberdade, a alma e o sentido da existência. Para Agostinho, “nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Deus” — um pensamento que ecoa até hoje como símbolo do anseio humano pelo transcendente.

Santo Agostinho e a Igreja Católica

Depois de sua conversão, Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio e, mais tarde, tornou-se bispo de Hipona (atual Argélia). Como pastor, destacou-se por sua firmeza doutrinária e sensibilidade espiritual. Combatia heresias, defendia a fé cristã e orientava os fiéis com ternura e firmeza. Sua influência foi tamanha que recebeu o título de Doutor da Igreja, sendo considerado um dos pilares da teologia católica. Seu ensinamento sobre a graça, a misericórdia e o livre-arbítrio permanece como base sólida da espiritualidade cristã até os dias de hoje.

Santo Agostinho na Visão Espírita

A Doutrina Espírita também reserva a Santo Agostinho um lugar de destaque. No Livro dos Espíritos, ele é citado diversas vezes como um dos Espíritos Superiores que colaboraram com Allan Kardec na codificação do Espiritismo. Segundo os relatos espirituais, Agostinho teria compreendido, após a morte, que muitas de suas intuições filosóficas se afinavam com as verdades reencarnacionistas e espirituais. É dele, inclusive, o conselho presente na questão 919 da obra: “Conhece-te a ti mesmo” — resposta considerada a chave do progresso moral. Sua evolução no mundo espiritual, segundo o Espiritismo, o tornou um espírito sábio, humilde e dedicado ao bem da humanidade.

💬 Santo Agostinho em Frases

💬 Conclusão

Santo Agostinho nos ensina que ninguém nasce santo, mas todos somos chamados à transformação. Seu exemplo mostra que é possível sair das sombras da dúvida e dos excessos para a luz do amor e da sabedoria. Que neste 28 de agosto, sua memória nos inspire a cultivar um coração inquieto — não de ansiedade, mas de desejo sincero de crescer, servir e encontrar a paz verdadeira que só Deus pode dar. Como ele mesmo disse: “Ama e faze o que quiseres.”


Texto e imagem produzidos com inteligência Artificial.
Autor responsável: Jos é Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

O filho egoísta

“Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo, há tantos anos, sem jamais transgredir um mandamento teu, e nunca me deste um cabrito para alegrar-mecom os meus amigos.” – (Lucas, 15:29.)


A parábola não apresenta somente o filho pródigo.

Mais aguçada atenção e encontraremos o filho egoísta. 

O ensinamento velado do Mestre demonstra dois extremos da ingratidão filial.

Um reside no esbanjamento; o outro, na avareza. 

São as duas extremidades que fecham o círculo da incompreensão humana. 

De maneira geral, os crentes apenas enxergaram o filho que abandonou o lar paterno, a fim de viver nas estroinices do escândalo, tornando-se credor de todas as punições; e raros aprendizes conseguiram fixar o pensamento na conduta condenável do irmão que permanecia sob o teto familiar, não menos passível de repreensão. 

Observando a generosidade paterna, os sentimentos inferiores  que o animam sobem à tona e ei-lo na demonstração de sovinice. 

Contraria-o a vibração de amor reinante no ambiente doméstico; alega, como autêntico preguiçoso, os anos de serviço em família; invoca, na posição de crente vaidoso, a suposta observância da Lei Divina e desrespeita o genitor, incapaz de partilhar-lhe o justo contentamento. 

Esse tipo de homem egoísta é muito vulgar nos quadros da vida. 

Ante o bem-estar e a alegria dos outros, revolta-se e sofre, 

através da secura que o aniquila e do ciúme que o envenena. 

Lendo a parábola com atenção, ignoramos qual dos filhos é o mais infortunado, se o pródigo, se o egoísta, mas atrevemo-nos a crer na imensa infelicidade do segundo, porque o primeiro já possuía a bênção do remorso em seu favor.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.


Áudio 


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